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1º Congresso sobre autismo do estado de Mato Grosso, realizado na cidade de Sinop MT

Vamos falar um pouco mais sobre autismo, questões genéticas fatores externos, comorbidades. Participei do primeiro congresso do estado de MT realizado na cidade de Sinop na data de 27 e 28 de janeiro de 2024. Participei do podCast Sintonizados - cidade de Feliz Natal, na data de 13 de fevereiro de 2024 onde falamos amplamente sobre o tema. Acesse o link: www.youtube.com/live/Jj09mwhCwKo?si=3qBRRoRnlGYR9mBq

O número de crianças diagnosticadas com autismo só cresce. O levantamento periódico do CDC (agência norte-americana de saúde) aponta que a prevalência do transtorno passou de 1 a 150 em 2000 para 1 a 36 em 2020. Os dados consideram os diagnósticos de crianças de até 8 anos nos Estados Unidos. “Quem fez formação em pedagogia há mais de 15, 20 anos, sente sensivelmente a mudança na frequência no ambiente escolar.

Nas redes de saúde particular e pública, são frequentes as solicitações de avaliações onde a hipótese diagnóstica é o TEA – Transtorno do Espectro de Autismo, e suas comorbilidades. Após as avaliações e exames solicitados, os especialistas neurologistas, neuropediatra, neuropsicólogo chegam a uma conclusão e ao diagnóstico, podendo ser autismo leve, moderado ou grave.

De posse do diagnóstico os pais passam a fazer tratamento medicamentoso e também recebem solicitações de encaminhados para vários especialistas, dos quais podemos citar:  fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogo, entre outros, na busca, de auxilia-los nas suas limitações cognitivas e comportamentais.

Importante pontuar que a criança não se torna autista ela nasce autista. Estudos científicos comprovam questões genéticas evolvidas.  Ou seja, logo nos primeiros anos de vida os pais e familiares percebem comportamentos diferenciados, bem como, dificuldade na resolução de problemas, ou na execução das tarefas solicitadas simples do dia a dia, tomar banho sozinho, comer com talheres, amarar os cadastros do tênis, socializar com irmão e colegas, seguir as regras e a rotina da casa, os pais passam a ter que fazer ou auxiliar as tarefas que eles deveriam dar conta de fazer de acorda com cada faixa etária.

 Também são perceptíveis alguns comportamentos disfuncionais dos quais os mais comuns são: não responderem quando chamados, movimentos repetitivos, sensibilidade aos ruídos, se colocam em risco, isolamento, agitação, prejuízos no sono, prejuízos na alimentação e na aprendizagem escolar. Não conseguem acompanhar a turma, e passam a ter evitação para frequentarem a escola.

Quando falamos de autismo, falamos também de comorbidades. É raro que o autismo não esteja associado a outras condições. Um estudo recente aponta que 70% das crianças autistas têm comorbidades e 50% têm mais de uma. Um dos pontos que tornam importante o debate em torno das comorbidades é que elas provocam as principais debilidades nos casos mais leves de autismo, conforme fala palestrante Dr. Paulo Liberalesso, neuropediatra, explicou no congresso que “a comorbidade muda muito o curso da doença, o prognóstico, a qualidade de vida e a funcionalidade ao longo da vida”. 

Pontuou que o autista tende a ter o desenvolvimento cognitivo como se fosse uma linha reta, pouca flexibilidade, ora aprende e ora desaprende, sendo que, em alguns casos podem obter uma vida praticamente normal. Sendo muito importante os estímulos, uma vez que aprendemos por repetição, no caso dos autistas o número de repetições dos ensinamentos dos profissionais especializados, terão que ser bem maiores do que numa abordagem com uma criança considera normal. Em muitos casos mais graves poderá não haver uma resposta positiva por parte do autista.

O autismo é um espectro e as comorbidades fazem parte dele. “A prevalência do TEA é heterogênea e a do TEA com comorbidade é ainda maior”, afirma o especialista.

As comorbidades mais frequentes entre autistas são TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), ansiedade e TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), transtorno de controle do impulso, depressão e alteração do ciclo do sono, dificuldades na fala e seletividade na alimentação.

Estou a disposição para auxiliar os pais e atender as crianças com diagnóstico de autismo.

 

Iara Waine Almeida Potulski 

Nutri com espacilização ABA 

Constelação em Grupo ou Individual