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02 de Abril - dia mundial conscientização do AUTISMO

Seletividade alimentar. Para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), essa dificuldade na alimentação é bem comum, pois recebem interferência direta de estímulos sensoriais.

As crianças com TEA podem apresentar comportamentos restritivos, seletivos e ritualísticos que afetam diretamente seus hábitos alimentares resultando em desinteresse e recusa para alimentação. Uma pesquisa realizada pela University of Massachusetts Medical School, definiu o grau de seletividade alimentar e comparou estes índices entre crianças com autismo e crianças com desenvolvimento típico de acordo com três domínios: recusa alimentar; repertório alimentar limitado e ingestão alimentar única de alta frequência. Esta pesquisa constatou que as crianças com TEA apresentaram mais recusa alimentar que as crianças com desenvolvimento típico (41,7% vs. 18,9% dos alimentos oferecidos). Além disso, exibiram um repertório alimentar mais limitado do que as crianças com desenvolvimento típico (19,0% vs. 22,5% alimentos apresentados).

Outros fatores podem estar associados como, atrasos das habilidades motoras orais resultando em aumento de esforço para mastigação; os padrões de comportamento restritos, repetitivos ou estereotipados, que levam a uma insistência na mesmice e recusa a flexibilidade; e ainda problemas gastrointestinais, que podem relacionar desconforto à alimentação ou intolerância ou alergia, que também podem interferir. Mas mesmo com essas dificuldades, que podem ser gradativamente superadas através de tratamentos possíveis com profissionais especializados, como terapeuta ocupacional (integração sensorial), fonoaudióloga, nutricionista especialista em Terapia ABA, psicólogo, e o estímulo da família em casa é fundamental.

Iara Waine Alemeida Potulski 

Nutriscionista / Terapeuta ABA